Em consequência da crescente produção de lixo, fruto do consumo compulsivo com vista à satisfação das pseudo-necessidades criadas pelas máquinas publicitárias, as sociedades actuais são confrontadas com a necessidade urgente de mudar comportamentos que fazem perigar a sustentabilidade do planeta e a sobrevivência das gerações vindouras.
As preocupações ambientais estão cada vez mais na ordem dia do Poder Político quer a nível mundial infelizmente os interesses dos países têm-se sobreposto impedindo o consenso – quer nacional e local, onde as autarquias tem posto em marcha acções/campanhas de sensibilização atinentes à protecção ambiental, como por exemplo, a gestão de resíduos sólidos, que incitam à deposição selectiva do lixo para reutilização e reciclagem. É necessário mudar comportamentos e atitudes das populações. Educar para a sensibilização ambiental, combatendo a destruição do ambiente através da união de esforços de diversas entidades, nomeadamente, do poder político central, local e as escolas .
A autarquia de Celorico está consciente da dificuldade de mudar comportamentos e atitudes pelo que, tem apostado na promoção de campanhas de sensibilização, enquanto garantes do desenvolvimento sustentável, essencialmente dirigidas às crianças, para as consciencializar da importância da poupança da água, da protecção do ambiente e da floresta ou da política dos 3Rs- reduzir, reutilizar e reciclar. Nesta óptica, o lixo doméstico não é mais do que matéria orgânica, vidro papel, cartão, plásticos, metais e têxteis. Estes resíduos, deixam de ser considerados como lixo e passam a ser vistos como materiais passíveis de ser recuperados, reciclados e revalorizados, depois de colocados correctamente nos seguintes ecopontos:
Vidrão (verde)- este contentor serve para colocar todo o tipo de embalagens de vidro garrafas, frascos, garrafões, boiões etc..), sem rolhas ou tampas, enxaguadas e escorridas. Não devem ser colocados objectos em loiça e cerâmicas, azulejos, tijolos, pedra e materiais de construção; vidros provenientes de hospitais e laboratórios de análises clinicas; vidros planos nem vidros especiais como ecrãs de tv, lâmpadas, espelhos, pirex, cristais, vidros corados ou cerâmicos, vidros não transparentes nem embalagens de perfumes ou de cosméticos.
Papelão (azul) – neste contentor devem ser colocados apenas papel de escrita e impressão, jornais, revistas, embalagens de cartão ou papel, bem espalmadas para ocuparem menos espaço e facilitarem o seu transporte. É proibido a deposição neste contentor de embalagens e papéis de produtos orgânicos ou gorduras, papéis metalizados ou plastificados e embalagens de produtos tóxicos.
Embalão (amarelo) – neste receptáculo devem apenas ser depositadas embalagens de plástico e de metal, depois devidamente escorridas e espalmadas tais como: latas de bebidas e conservas, aerossóis, garradas, frascos e sacos de plástico. Não se deve colocar embalagens que tenham contido gorduras ou produtos tóxicos e perigosos, talheres, panelas, ferramentas, electrodomésticos, pilhas e baterias.
Pilhão este contentor é destinado ao depósito de todo o tipo de pilhas e acumuladores.
Os celoricenses podem contribuir para a melhoria da economia nacional e do ambiente, separando e depositando criteriosamente o lixo num dos 21 ecopontos espalhados pelo concelho (mapa anexo).
Depois de separados correctamente, os resíduos são recolhidos e transportados pela Resiestrela, duas vezes por mês, para uma estação de Triagem no Fundão, onde serão submetidos a uma separação ainda mais rigorosa por tipo de material. No que respeita aos pequenos electrodomésticos em fim de vida, a Câmara está a diligenciar com ERP Portugal Associação Gestora de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos- a colocação de PONTOS ELECTRÃO no concelho, no âmbito do Projecto Portugal Depositrão, salvando o solo dos malefícios dos resíduos eléctricos com grandes benefícios para a saúde pública.
As preocupações ecológicas não se esgotam com a deposição selectiva e criteriosa do lixo. Proporcionar um ambiente mais limpo e saudável é também uma preocupação deste Executivo Municipal. Assim, protocolou ainda com a Associação de Municípios da Cova da Beira, a limpeza/lavagem de todos os contentores do lixo do concelho e a lavagem das rotundas da vila, duas vezes por ano, no âmbito do Projecto Cidade Limpa. À semelhança de outros municípios do interior país, Celorico da Beira tem no turismo um dos motores do desenvolvimento pelo que, a autarquia está, obviamente, empenhada na divulgação da imagem de um concelho com um valioso património arquitectónico, cultural gastronómico, paisagístico mas, também, de um município limpo e atractivo para qualquer visitante. Neste sentido, foram colocadas mais de duzentos papeleiras no concelho, em edifícios públicos, jardins de infância, escolas, espaços de repouso e lazer, espaços verdes etc, para incentivar comportamentos cívicos mantendo os espaços públicos limpos.
Sendo Celorico da Beira um concelho essencialmente rural, a agricultura e o ambiente só têm a beneficiar com a utilização do adubo natural resultante da Compostagem (decomposição de matérias orgânicas através de microorganismos- fungos e bactérias). A sensibilização para utilização deste recurso iniciou-se nas, no ano passado, escolas EB1 da vila e na escola sede do Agrupamento.
O aproveitamento dos óleos alimentares usados e o respectivo encaminhamento é outra medida pró-ambientalista promovida pela autarquia, que já distribuiu vários Óleões pelo concelho, colocando-os junto das Juntas de Freguesia, Lares e Centros de Dia. Neste momento, está a diligenciar para protocolar com a empresa BIOSYS a colocação de mais óleões em todas as freguesias.
Com o intuito de minorar os malefícios da acção do Homem na Natureza tem sido implementadas diversas acções de sensibilização de protecção ambiental. A nível do local, as autarquias , entre elas Celorico da Beira, têm desempenhado um papel crucial ao promoverem políticas ecológicas conducentes à viabilização da vida na terra, apostando em campanhas de informação, para despertar as consciências e educar para uma cidadania ambiental responsável de todos os cidadãos, da criança ao idoso.