População: 735
Dista da Sede de Concelho: 7 km
Área: 2048 ha
Festividades
Festa do Menino Jesus (Maio)
Festa de S. José - Quinta de Salgueiros (Agosto)
Festa de Stº. António - Celorico Gare (Setembro)
Festa de Nossa Senhora da Graça - Casas doRio (1º Domingo de Agosto)
Património
Infraestruturas educativas
Jardim de Infância de Fornotelheiro
Jardim de Infância de Celorico Gare
Escola Primária de Fornotelheiro
Escola Primária de Celorico da Beira
Escola Primária de Casas do Rio
Infra-estruturas sociais desportivas e culturais
Sede de Junta de Freguesia
Lar de Terceira Idade (particular)
Associação Desportiva Recreativa e Cultural de Fornotelheiro
Associação de Melhoramento de Celorico Gare
Campo de Futebol de Fornotelheiro
Sala de Espectáculos de Fornotelheiro
Locais a visitar
Forca - Necrópole de S. Gens
Igreja Matriz
Cruzeiro - Fonte da Praça - Lapa
Ponte das Olas - Torreão da Cabeça
Notas Históricas
Ostentando a maior área das freguesias do concelho de Celorico da Beira, com 2.048 ha, Fornotelheiro faz fronteira com a freguesia de Santa Maria, São Pedro, Ratoeira,Baraçal e Minhocal no concelho de Celorico, Aldeia Nova no concelho de Trancoso e Fuinhas no concelho de Fornos de Algodres. Fornotelheiro, tem nos seus limites divisão com três concelhos, constituindo parte das divisões Nordeste do concelho de Celorico da Beira.
Distando 7 km da sede do concelho, é constituída pelos lugares de Celorico da Beira-Gare, Casas do Rio, Quintas do Salgueiro e Cardal. Constitui, logo a seguir às freguesias da vila de Celorico, a freguesia mais populosa, graças à sua localização na margem direita do rio Mondego e bons acessos rodoviários e ferroviários (a estação de caminhos-de-ferro encontra-se na freguesia).
Antiquíssimo lugar, aqui se encontra a Necrópole de São Gens, pertença de povos ancestrais. Antigo cemitério, é um dos mais importantes patrimónios arqueológicos existente nas beiras. Existem ali quatro espécies de túmulos: uns em forma de banheira, outros triangulares, outros antropomórficos e outros cavados em pedras móveis.
O castro do Torreão é de milenar ocupação. Os romanos exploravam aqui o estanho, aproveitando também as águas termais de Santo António.
A designação de Fornotelheiro deve-se, muito provavelmente, ao facto de ali ter existido e se ter desenvolvido a indústria da telha. Facto confirmado pelo lugar da Ribeira das Olas (que em latim designa olaria) e de nas suas margens haverem surgido indícios de construções romanas, nomeadamente blocos de argila maciça.
Antiga vila, conserva ainda vestígios da sua categoria, através da forca e pelourinho. Este último é composto por uma coluna octogonal de quatro metros rematada em pirâmide, apresentando na frente norte o escudo nacional e por cima a esfera armilar com a cruz de Cristo. Símbolos do monarca D. Manuel I. O pelourinho data, inequivocamente do séc. XVI. Quanto á forca, encontra-se ainda no monte denominado Pendão ou Outeiro da Forca.
No tempo das invasões francesas, a Igreja e aldeia ocupadas serviram de hospital de campanha e num lugar, Chão dos Ingleses, estão sepultados inúmeros soldados aliados. A imprescindível luz eléctrica foi aqui inaugurada em 1954.
Fornotelheiro é hoje uma freguesia onde o surto da emigração acalmou e a sua população estabilizou, graças à existência de postos de trabalho e à proximidade da sede de concelho.
Assim, é na freguesia de Fornotelheiro que se localiza o Parque Industrial do concelho de Celorico da Beira, e os poucos industriais que nele se encontram, dão emprego a muita gente da freguesia e arredores, sobretudo mão-de-obra feminina.
A agricultura também emprega algumas famílias e abrange sobretudo a pecuária, a olivicultura e as árvores de fruto.
Freguesia com considerável número de jovens, urgia associá-los no sentido dá prática de actividades culturais (teatro, preservação do património) e desportivas, sedo criada para o efeito a associação OPI-JOVEM.
Associado ao seu rico património histórico-cultural, o termalismo é um outro recurso que Fornotelheiro pode oferecer ao visitante ou a quem das suas águas necessita para doenças de pele, gastro-intestinais ou hepáticas.
TOPONÍMIA:
Fiães: significa vaso de barro e redondo depois chamado almofia. Servia antigamente para pagar certa medida de cereais e também de manteiga. Dezasseis fiães faziam um alqueire. Logo, esta terra indica que pagava esse foro ou fabricava tais vasos.
Arcais: de arcas, nome que o povo dava aos dolmens, podendo também significar um marco especializado nos campos e formado de quatro paredes, à maneira de guardas de poço, que os agrimensores edificavam nos quadrifínios romanos.